Ei! Marionetas / Teatro e Marionetas de Mandrágora

Ei! Marionetas / Teatro e Marionetas de Mandrágora

Ei! Marionetas - Encontro Internacional de Marionetas de Gondomar 2024


Tornei-me invisível [ ESPETÁCULO COMUNITÁRIO ]


10 JUL 14h30 . QUARTAAuditório Municipal de Gondomar
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Tornei-me invisível

Um projeto comunitário que faz uma reflexão profunda sobre a nossa sociedade, sobre os papéis da mulher, abordando a temática do abandono, que caracteriza o processo de envelhecimento. O envelhecimento traz a invisibilidade, numa sociedade onde a imagem dita as regras, e resulta muitas vezes na invisibilidade, fazendo com que se sintam marginalizados e negligenciados.

Este espetáculo desafia os estereótipos negativos e defende a representação dos indivíduos mais velhos na sociedade, promovendo uma visão mais positiva do envelhecimento. A velhice deixou de ser um motivo só de tristeza. Traz uma certa liberdade, de fazer, dizer e ser.

Neste projeto costuramos histórias, memórias, inquietações e desejos, abordando uma temática séria e pesada, justamente com o objetivo de atingir o público e o levar à reflexão.

o que o Ei! tem a dizer

Quando as pessoas se juntam para falarem de si mesmas através de uma visão poética que nos mostra um mundo cru. A idade traz sabedoria, conhecimento, mas muitas vezes é acompanhada de invisibilidade e de esquecimentos. A companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora desenvolve com o Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro um projeto, com vários anos, onde desenvolve a criação artística com pessoas em situação de debilidade social. Este espetáculo mostra como é fundamental trazer ao palco as vozes silenciadas pelo esquecimento. Considerando fundamental esta premissa, o Ei! Marionetas dar voz ao silêncio.

Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro

Localizado em pleno centro da cidade da Maia, o Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro é o resultado de vários anos de trabalho cujo início remonta a 1992, no âmbito da política de fomento dos Projetos de Luta Contra a Pobreza, com a criação do Projeto Integrado de Desenvolvimento da Maia, que envolveu a participação da Autarquia, do Comissariado Regional do Norte de Luta Contra a Pobreza e da Santa Casa da Misericórdia da Maia, enquanto entidade promotora.

Nascido da necessidade de intervir junto de uma comunidade em crescente processo de marginalização, o Projeto teve a duração de 8 anos de efetivo e necessário trabalho de intervenção comunitária.

Do vasto trabalho desenvolvido pelo Projeto Integrado de Desenvolvimento da Maia é justo aqui destacar as ações de maior impacto implementadas na comunidade e que pelas suas características terão influenciado positivamente percursos juvenis e de forma geral várias trajetórias de vida.

O Projeto “Youthstart” Formar e Integrar para uma Participação Ativa, é disso um bom exemplo, tendo proporcionado formação profissional e certificação escolar a jovens de contextos desfavorecidos, aumentando de forma decisiva competências para a sua inserção profissional e social.

No que toca especificamente ao trabalho de terreno desenvolvido no Bairro do Sobreiro e de acordo com o levantamento de necessidades efetuadas, foram criados diversos equipamentos e estruturas de utilização coletiva que envolveram esforços, recursos e investimentos financeiros.

O fim do Projeto deixou, no entanto, um importante legado à comunidade: estruturas e técnicos conhecedores das realidades e problemáticas da população e a responsabilidade de os saber/poder dirimir, pelo compromisso estabelecido no ano 2000 com o Centro Distrital de Segurança Social do Norte através da celebração de um acordo atípico para funcionamento do Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro.

Aplicando os princípios metodológicos da intervenção comunitária, o Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro está organizado em áreas de atuação específicas, articuladas entre si, desde a animação sócio-cultural à educação, do emprego à formação profissional, do apoio social e psicológico à mobilização dos parceiros institucionais, numa ótica de interação entre os vários domínios e grupos-alvo.

Assim, e no seu âmbito de ação, o Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro oferece à população um vasto conjunto de serviços e respostas sociais.

A diversidade e complexidade dos objetivos a atingir exige a sua operacionalização através de uma equipa pluridisciplinar de profissionais, nas áreas de animação sócio-cultural, sociologia, psicologia, serviço social, serviços administrativos, serviços de cozinha e outros.

Com tarefas e saberes diferentes, mas enquadrados por um objetivo comum, todos trabalham para responder de forma integrada às carências e expectativas da população, por via do irrestrito suporte da Santa Casa da Misericórdia da Maia.

ficha artística

DIREÇÃO ARTÍSTICA Clara Ribeiro
DIREÇÃO PLÁSTICA Rúben Gomes
DIREÇÃO DE COREOGRAFIA Cacá Otto Reus
FORMAÇÃO DANÇA Cacá Otto Reus, Duarte Valadares
FORMAÇÃO TEATRO Eurico Santos, Clara Ribeiro
FORMAÇÃO MANIPULAÇÃO Alexandre Guaraci
FORMAÇÃO PLÁSTICA Clara Ribeiro
INTERPRETAÇÃO Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro { Antónia Magalhães, Antonieta Martins, Arminda Oliveira, Célia Ferreira, Fátima Couto, Fernanda Barros, Judite Cardoso, Lurdes Cunha, Manuela Ribeiro, Maria José Teixeira, Maria Luisa Moreira, Maria Ramos, Modesta Teixeira, Vânia Peneda
CENOGRAFIA E MARIONETAS Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro
FIGURINOS Beatriz Filomeno
MÚSICA CÉNICA Dois Dias de Bago [ Bruna Santos, Diogo Carvalho, Diogo Cunha ]
DESENHO DE LUZ César Cardoso
OPERAÇÃO DE LUZ Sílvio Sousa
FOTOGRAFIA DE CENA Filipa Rodrigues
DESIGN Rúben Gomes
PRODUÇÃO Teatro e Marionetas de Mandrágora
PRODUÇÃO EXECUTIVA Hélder Duarte
PARCERIA Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro, Santa Casa da Misericórdia da Maia
APOIO República Portuguesa - Ministério da Cultura, Direção Geral das Artes, Município da Maia, Município de Espinho, Município de Gondomar, Urbaniza.te, Contratos Locais de Segurança
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foi assim

Qual foi o dia em que alguém se sentiu invisível?, o que são as sociedades invisíveis, as comunidades invisíveis e as gerações invisíveis? Porque a voz é coletiva, e todos merecem ter uma palavra a dizer, porque devemos com toda a força lutar pela palavra, numa sociedade cada vez mais prisioneira do quanto valemos e não do que somos. O Centro Comunitário de Vermoim/Sobreiro, na Maia, trouxe este projeto comunitário desenvolvido em parceria com o Teatro e Marionetas de Mandrágora, dando voz, rompendo um silêncio, o silêncio do envelhecimento.

Encheu o nosso coração, a D. Maria fez em palco os seus 86 anos, e quando colocamos a possibilidade do público no final da apresentação colocar questões, uma criança disse “acho que devíamos cantar todos os parabéns”. E assim por momentos, aquela sala celebrou a coragem daquelas atrizes que com 86 anos pisam o palco para ter orgulhosamente uma palavra a dizer! 200 espetadores cantaram os parabéns, fazendo deste mais um dia memorável no Encontro entre muitas gerações. Vivam!


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